quinta-feira, 9 de abril de 2009


A FADA E SEU MEL

Queria escrever-te um poema festo
em uma fina folha de papel vergê
e guardá-lo no pote onde busco mel
para serenar minha boca amarga.

Fadando, fí-lo com letras de nuvens
nas linhas retas de um céu azulíneo.
Guardei-o na leveza frágil do véu
que cobre a face sã da brevidade.

Prendeu-me as teias brancas do instante,
tecidas pelas tuas mãos de fada,
fazendo-me eterno e imortal
como o mel de tua boca suplicante.

(Oswaldo Antônio Begiato)

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